Cada um de nós certamente já ouviu a famosa expressão popular que afirma, “A vida começa aos 40” ou “A vida começa aos 50“. Contudo, proponho uma revisão a essa máxima. Afirmo convictamente: a vida não começa aos 40, nem aos 50. A vida só começa quando deixamos de ser parvos.
Somos peritos em auto-sabotagem, mestres em relegar-nos ao último lugar, verdadeiros génios em menosprezar as nossas conquistas. Mas quando acordamos para a realidade, quando deixamos de ser parvos, é aí que a vida verdadeiramente começa.
Deixar de ser parvo não significa atingir uma idade específica, nem alcançar determinados marcos materiais na vida. Não é sobre ter o carro do ano, a casa com piscina, ou a conta bancária recheada. Nada disso. Deixar de ser parvo é muito mais profundo e, simultaneamente, muito mais simples.
É sobre perceber que a vida não é uma competição. É sobre parar de se comparar com os outros e começar a viver a própria vida, de acordo com os próprios valores e ambições. É sobre compreender que cada um tem o seu próprio tempo e que não há nada de errado nisso.
Deixar de ser parvo é olhar para ti mesmo e gostar do que vês, não por causa do que tens, mas por causa do que és. É reconhecer que as tuas escolhas, por mais difíceis que sejam, são tuas. E que as tuas falhas não definem quem tu és, mas como tu cresces.
A verdadeira vida começa quando percebemos que cada dia é uma dádiva e não uma garantia. Quando paramos de adiar a felicidade para um futuro incerto e começamos a viver o presente. Quando deixamos de nos preocupar tanto com o que os outros vão pensar e começamos a preocupar-nos mais com o que nós pensamos.
A vida só começa quando deixamos de ser parvos e percebemos que a nossa felicidade não depende de mais ninguém além de nós próprios. Quando sabemos reconhecer que somos os únicos responsáveis pela nossa jornada e que temos o poder de a tornar incrível.
Então, repito: a vida não começa aos 40, nem aos 50. A vida começa quando paramos de nos enganar, quando paramos de adiar a nossa felicidade, quando deixamos de ser parvos. E essa decisão, essa mudança de perspectiva, pode acontecer em qualquer momento, seja aos 20, 30, 40, 50 ou 80.
A vida está à espera de cada um de nós. Mas só poderemos verdadeiramente vivê-la quando decidirmos deixar de ser parvos. Quando decidirmos abraçar a nossa singularidade, a nossa humanidade, a nossa autenticidade. A vida só começa quando deixamos de ser parvos. E tu, já começaste a viver?